Minhas prezadas Irmãs,
Aproxima-se a festa de nosso
querido Pai Vicente de Paulo e, como tal, preparamo-nos para celebrá-la junto
com os pobres, nossos senhores e mestres, nas diversas comunidades no mundo
inteiro, onde há a presença da família vicentina.
Celebrar a festa de São Vicente
não significa somente fazer memória desse grande santo na Igreja, mas, sobretudo,
fazer com esta memória seja atualizada e vivida por todos nós seus filhos e
filhas.
São Vicente foi um homem de oração
e ação. Ele soube muito bem aplicar em sua vida o mandato missionário de Jesus,
sentindo-se parte dele: “O Espírito do Senhor me enviou para evangelizar os
pobres” (Lc 4, 16).
São Vicente já não existe mais
na terra, mas nos deixou esse grande e belo carisma de cuidarmos bem dos pobres.
Agora é a nossa vez. Somos convocados(as)
para esse fim. A Companhia entende bem isso quando reafirma o conceito da
missionariedade e, a qual deve fazer parte de sua essência: “A
companhia é missionária por natureza” (C.25).
Nessa ação do discipulado(a)
missionário(a), os pobres, são para as filhas caridade, matéria de sua
consagração. A Companhia , atualmente, interpela todas elas a olharem com
cuidado e zelo apostólico para as “novas formas de pobreza” e a não serem
indiferentes as mesmas (C.11). A constituição nos diz que os mais pobres devem
ser prioridade no serviço da Companhia.
Queridas Irmãs, essas duas
categorias da vida da Companhia: a missão e os pobres se conjugam.
Nesses dias que comemoramos a festa de nosso Pai Vicente, somos convidados (as)
a fazermos nosso ato penitencial diante do Senhor Jesus Cristo e pensarmos, se
de fato, nós seus filhos e filhas, estamos sendo fiéis àquilo que São Vicente
de Paulo nos ensinou.
Será que não estamos nos
esquecendo dessa essência na vida da Companhia, na Congregação da Missão, e nos
preocupando com coisas, que não são essenciais e de tão pouca importância
(estruturas, vida cômoda e fácil, interesses pessoais, etc...) em relação ao
serviço dos pobres e à missão? Mais do que nunca os pobres gritam por socorro
(Ex. 3) nos interpela a sermos outro ”Moisés” em suas vidas.
Estar com os pobres, amenizar
suas dores, nos traz realização plena em nossa vida de consagrados, como diz São
Vicente: “Oh que felicidade viver e morrer no serviço aos pobres...”.
Celebremos a festa de São
Vicente com esperança de que precisamos retomar essa essência, a qual deve
sustentar a animação, a felicidade, a realização e o gosto de ser consagrado
(a) a Deus vivendo o carisma vicentino.
Nesse sentido caminhemos
animados (as) de um dia, no céu, sermos recebidos por São Vicente e Santa Luísa,
com um grande abraço de gratidão por termos sido fieis no serviço da missão
junto aos pobres.
A todas
vocês, desejo uma feliz festa de São Vicente! Com minhas bênçãos em São
Vicente,
Diretor Provincial